Crítica: Battle Royale


Battle Royale é um polêmico mangá, com 15 volumes no total, do autor Koushun Takami e arte de Masayuki Taguchi.

No Japão, num futuro próximo, os jovens se tornaram um tanto rebeldes, devido à recessão econômica na Grande República do Leste Asiático e seus danos sociais, obrigando o governo a aprovar uma lei conhecida como ATO BR é criado pelo estado. Com isso é então criado pelo estado "O Programa", um game show televisionado, onde turmas do primeiro ano do ensino médio são escolhidas para passar três dias numa ilha chamada Okishima, que só tem uma regra: Só um deve sobreviver, caso contrário todos são mortos. O governo diz que o motivo do jogo é cumprir uma demanda social, mas a verdade ninguém sabe.

À primeira vista parece não passar de um mangá cujo enredo é apenas um detalhe e nada mais é do que uma forma de ver violência gratuita e muito sangue. Esse tipo de avaliação não poderia estar mais errada.

O mangá tem um roteiro esplêndido e personagens cativantes, não por serem anormais, mas por serem extremamente humanos. Tem uma narrativa fluida e que envolve todos os mais de 40 personagens apresentados. Ele apresenta as motivações, estória, pensamentos, sentimentos e ações de todos os personagens, em um nível profundo e psicológico, explorando os mais variados tipos de reações quando um adolescente é tirado de uma vida cotidiana e repentinamente atirado em um jogo altamente doentio onde a única pessoa com quem pode contar é ele mesmo.
Observando-se a variação de sentimentos e atitudes da própria raça humana, muito bem apresentada e desenvolvida por Takami, podemos esperar os mais variados desfechos possíveis para a trama, tornando-a irresistivelmente imprevisível. Cada personagem tem uma peculiaridade que o torna único e, ao mesmo tempo, muito próximo de qualquer um que venha a ler a obra. Esta variação permite a identificação do leitor com qualquer um dos personagens, o que aumenta ainda mais a vida útil de sua trama.

O mangá possui um traço magnífico e muito bem detalhado, combinando perfeitamente com o roteiro. Possuidor de uma violência extrema, Battle Royale agride os olhos e a mente.

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